sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Educação Básica (II)

Quando da acumulação desse conhecimento, a representação começa a tornar-se mais generalizada para o mundo comumente conhecido. Esses símbolos (imagens, idéias, ações) são agora assimilados para o ideal pré estabelecido socialmente. Assim, a criança desenvolve meios de se comunicar mais claramente com adultos, por exemplo. Já nesta fase, chamamos de período pré operatório, nome esse em decorrência da dificuldade ainda existente do indivíduo de operacionalizar determinados aspectos ligados a dimensão, argumentos e dificuldades em sua reversibilidade.
 Agora, num período de cerca dos 7 aos 12 anos, a criança consegue desenvolver determinas operações, onde já se apercebe das diferentes noções de espaço e o poder de procurar entendê-los. Para isso, ela acaba usando de fatos empíricos, mesmo que estes não se encontrem lá neste momento. Este é o período operatório concreto.
No próximo período, o operatório formal, o indivíduo já consegue utilizar de suas ferramentas para a abstração das idéias, onde seu empirismo formal lhe dá maiores dimensões da compreensão de idéias e o próprio empirismo em si.
A sociabilização, egocentrismo, coação e justiça e o papel da escola
Segundo as noções de Piaget, toda criança possui dois períodos para a sociabilidade: o primeiro consistiria em um período de egocentrismo explícito, onde a criança não interage naturalmente com o redor. Na segunda fase se faz exercer a heteronomía, onde a imposição de regras são verdades indissolúveis e indiscutíveis.
Essas regras são exteriorizadas pela criança, em que a coação à ela pode ser disfarçada para o engajamento, mas por ser externa, não se encaixa no entendimento desta. Assim, também seu senso de justiça fica voltado a concretização do ato, e não sua intencionalidade.
Na forma imperativa das normas, agora passadas as crianças, não fica clara qual informação é passada e sua razão. Fica inclusive obscurecida para a criança sua inserção para a sociabilidade normativa quando da imperação de regras.
Daí os códigos pedagógicos, onde se procura incluir as regras, mas atentando ao andamento dos períodos da compreensão da criança.
Dilemas decorrentes da Psicologia Piagetiana
Existem duas vertentes relacionadas à Psicologia Genética de Piaget, que a usaram como base para seu método: o Construtivismo Radical e o Desajuste Ótimo.
O primeiro consiste na dispensa de metodologia baseada diretamente no saber anterior, histórico, que geralmente serve de base para a programação educacional. O aluno torna-se condutor, como forma de direcionar sua aprendizagem à aquilo que concerne seu período.
A outra vertente, também construtivista e piagetiana, procura programar o ensino, com base de conhecimento histórico para o ajuste do desequilíbrio no que diz o conhecimento do indivíduo, promovendo o desenvolvimento cognitivo deste.
Como se vê, mesmo que ambas sejam construtivistas e se baseem nas premissas de Piaget, elas são divergentes no que condiz sua metodologia.

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