sábado, 9 de outubro de 2010

Educação Básica

      Pretendo, neste próximos posts, falar um pouco (muito resumidamente) sobre psicologia genética, de Jean Piaget. Suas idéias influenciam a educação até hoje no mundo, e nos mostra o quão é lucido imaginar a maneira de se educar e de se entender as crianças. Entenda-se que quando falo educação, parto da idéia da educação construida com bases na evolução do conhecimento, e não de preceitos morais. Pelo menos não diretamente.

"Ao contrario de determinadas teses e praticas predeterministas e ambientalistas, a educação piagetiana se coloca não como meio termo, mas como nova utilitária da cognição humana. Uma vez que o conhecimento cognitivo – e biológico pelo fator de ser do homem – é intrínseco ao ser humano, este é mais ou menos desenvolvido em função do ambiente que o cerca. Assim, ambientes tornam-se responsáveis, quanto ao desenvolvimento da criança, à medida que acabam por encaminhar a evolução de aprendizagem para lugares próprios deste ambiente.
Antes de qualquer coisa, deve-se entender que a construtiva do paradigma piagetiano se baseia na instrução através da cognição. A pessoa não nasce sabendo determinadas coisas, mas possui estrutura de aprendizado herdada geneticamente.
Períodos na aprendizagem básica
Estruturalmente, existe em todas as fases de aprendizado do ser humano a assimilação, acomodação e equilíbrio. Ao não conhecimento de algo (a falta do equilíbrio), assimilamos a situação de ter de fazer algo, acomodamos aquilo com o que já conhecemos e estabelecemos o equilíbrio do saber.
Esta mesma estrutura existe então na primeira fase do indivíduo. O período sensorial motor é caracterizado pelo fato deste não ter qualquer tipo de entendimento ilustrativo, simbólico. São utilizados todos os seus sentidos para caracterização do seu redor, possuindo constatação da existência aquilo que seu sentido lhe mostra.
Ao combinar as estruturas de aprendizagem (assimilação, acomodação e equilíbrio), a criança é inventiva. Descobre que para pegar uma bola escondida atrás de uma almofada, ela pode tirar a almofada. Assim, neste segundo período, a representatividade – inexistente no sensorial motor – torna-se mais vigente e a criança desenvolve os vínculos para serem repetidos, exatamente na idéia de representação. Mas esta idéia ainda é extremamente pessoal, como uma linguagem própria."

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