segunda-feira, 13 de junho de 2011

O frio argumento humano parte I

    
Quanto mais se adentra ao submundo da mente humana mais se tem nojo do que ha lá. Talvez seja melhor pensarmos por partes, o que não daria apenas neste post. Tentarei falar algo agora sobre religião.
      Reparem o quanto é comum o seu hoje alastramento, em termos de Brasil, do que conhecemos como "igrejas evangélicas".  Porquê? O que será que há de tão poderoso nessa fleuma que tantas pessoas atrai? Pensemos...

      Sabemos que, culturalmente (a partir daqui falarei com relação ao povo brasileiro de maneira geral; do contrario, informo), somos fracos. Não somos instruídos a de fato pensar no que fizemos, fazemos e faremos com as atitudes que de nós resplendem. Aceitamos. É isso aí, aceitamos. Aceitamos colocações estapafúrdias, desde que elas façam um mínimo de sentido. Mas esse mínimo é controlado pelo conhecimento e experiência que tivemos e, muitas vezes, nos propusemos a ter. Ou seja, fica claro que somos limitadíssimos na demonstração de cabimento em tudo que nos rodeia. Agora pense numa situação em que o pessoa esteja, dentro de seus preceitos morais - fraquíssimos e equivocosos, diga-se de passagem - "sofrendo" com o enveredar da vida. Lógico que isso é um campo fértil para exploradores. Isso não é novo, não é de agora e muito menos é nosso.
     E o interessante é que este fenômeno não foi renovado. As artimanhas são as mesmas: apelar para o desejo de "sustância" do "sofredor”  (este precisa acreditar que há algo maior, que o proteja e o ampara e, principalmente,  ESTEJA EM SEU NÍVEL DE COMPREENSÃO, já que não faz sentida esta entidade compara-lo aos "poderosos", precisam ser maiores que eles), da justiça irrevogável (como citado anteriormente, mas essa justiça é unilateral), da formação de um novo grupo social e do futuro próspero, seja este ainda em vida ou não.
      Mas a troco de que? Isso deve ser cansativo e dispendioso, então por que faze-lo? Seguir é fácil, basta continuar com a cabeça vazia e seguir o que o mestre mandou. Mas direcionar? Não é trabalhoso? É, mas também é rendoso. Tanto financeiramente como socialmente. Não se iludam: o poder e a gana pelo dinheiro anda juntas. Somos seres humanos, esqueceram?  Neste ramo, o mais importante é o poder, a influência que se pode realizar sobre uma massa acéfala que credita qualquer coisa - seja ela boa ou ruim - a relação que se possui com a entidade divina. Isso, inclusive, complica qualquer tratativa de se desmistificar o quadro, uma vez que (aposto que alguns não imaginavam isso) TUDO QUE É FEITO POR ESSAS PESSOAS POSSUI EMBASAMENTO CONCRETO E INTRÍNSECO À RELIGIÃO. Sim, não se solta um peido em público sem imaginar que tem a ver com Deus.
      Isso me leva a outra óbvia constatação: a busca da verdade. Essa expressão que me causa arrepios possui consequencias mais arrepiantes ainda. SÓ HÁ UMA VERDADE: A NOSSA! Óbvio não ser posta dessa maneira, mas sim, o pensamento difundido é este. Quanto ao fato de a bíblia ser sua "fonte da verdade", acredito ser menos relevante do que possa parecer (falo mais sobre isso outra hora). O mais importante é que a verdade assim proferida seja aceita e irrefutavelmente repassada. Não há pormenores, nem interpretações (seu próprio julgo, repararam?) e sim a mais pura aceitação de que Deus disso tudo aquilo e que, sendo ele poderoso como é, "escolhe" aqueles que passaram sua palavra adiante. Nada mais conveniente.
      Bom, para encerrar este post, acredito que deve ter dado para ver como partimos do óbvio para ilustrar algo que sempre alguém acha incrível. Não, não é. É conveniente, hipócrita, alienante e soberbo. Sim, pois para se crer que possui a verdade, você precisa crer que o restante que possui estas condições são e sempre serão errados e/ou inferiores. Tentarei falar mais daqui para frente.

Um comentário:

  1. Muitas religiões hoje são 'negócios'. Literalmente vende-se conforto psico e espiritual. Não recrimino quem procura conforto e paz, se submete a regras religiosas e promessas de vida eterna, mas recrimino aqueles que abusam da vulnerabilidade alheia para capitalização enfeitada de 'fraternidade' e 'amor ao próximo'.

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