O céu e a terra - Mito egípcio |
Preste bem
atenção, pois vou explicar a evolução em trinta segundos e não vou mais tocar
neste assunto:
Darwin não
disse que Deus não existe.
O que ele disse
foi que as espécies existentes eram do jeito que eram por que evoluíram a
partir de espécies anteriores, cujas características especiais herdaram, o que
lhes permitiu continuar repassando-as pela procriação.
A evolução não
se deu num salto gigantesco entre a lagartixa e o jacaré, ou entre o
Tiranossauros Rex e a lagartixa, não foi assim. Esta evolução se deu por meio
de pequenas ou grandes mutações genéticas que, quando facilitavam a
sobrevivência de um espécime dando-lhe tempo para procriar, era repassada aos
seus descendentes. Em caso contrário, significava sua morte mais rápida, antes
que procriasse e assim a mutação restringia-se a
poucos indivíduos que logo pereciam.
É a tão falada
seleção natural, que nada mais é do que a ideia de que um indivíduo de uma
espécie tem mais chances de sobreviver se possuir, digamos, pernas mais longas
que o permitam correr mais rápido do que o seu predador natural.
Nós, seres
humanos, praticamos a seleção artificial, baseados no mesmo princípio
evolucionista: cruzamos nossos animais de estimação ou de criação para que suas
características mais desejáveis sejam repassadas à sua prole. Assim surgiram as
características do seu bichon frisé ou do seu chihuahua, também as do gado leiteiro
mais produtivo ou da ovelha que dá mais lã e de melhor qualidade: mutações
genéticas preservadas por meio da sobrevivência dos indivíduos e a sua
procriação.
Antes dos
biólogos e dos criadores de gado primitivos, com seus lobos domesticados que
cruzavam para desenvolver certas características tais como cães de pastoreio ou
de guarda, gado de corte ou leiteiro as mutações genéticas aleatórias que ainda
hoje acontecem, a luta pela sobrevivência, o ambiente hostil e a seleção
natural fizeram todo o trabalho. Nada de muito complicado nem aterrorizante.
Quando se fala
em mutações, todo mundo lembra logo dos X-MEN, não é? Ou dos filmes de terror
trash dos anos 80. Pensa-se que mutações são sempre sinônimos de doenças,
desajustes, mutilações ou deformidades, mas nem sempre, meu amigo, nem sempre.
Por que alguns
animais sobrevivem nos ambientes selvagens e outros não? O que os torna
diferentes ao ponto de uns conseguirem procriar e outros morrerem sem ter a
mesma chance? O que faz um lobo ou um leão ou um cervo ser o líder do seu bando
e ter ao seu dispor todas as fêmeas? Não são membros iguais de uma mesma
espécie? O que os diferencia?
Mutações. Sejam
de ordem física ou comportamental e de inteligência.
Seja por que um
é mais rápido, ou mais forte, ou mais inteligente, ou possui visão mais aguda
ou anda sobre dois pés e tem o cérebro mais desenvolvido, o que lhe permite
criar armadilhas, ferramentas e armas para caçar seu alimento.
As características do ambiente, as mudanças climáticas e fenômenos naturais impulsionaram a seleção natural, privilegiando determinadas mutações e suprimindo outras, o que ocasionou a diversidade de espécies que temos hoje.
As características do ambiente, as mudanças climáticas e fenômenos naturais impulsionaram a seleção natural, privilegiando determinadas mutações e suprimindo outras, o que ocasionou a diversidade de espécies que temos hoje.
A evolução,
junto à seleção natural, possibilitou que os seres humanos vencessem a luta
pela sobrevivência em detrimento de outros primatas e hominídeos seus
contemporâneos, como o homem de Neanderthal.
E por que ainda
hoje existem macacos? Por que o ser humano não evoluiu do macaco, meu querido,
este é um erro primário e grosseiro perpetuado pelas pessoas a quem interessa
que os religiosos não aceitem a evolução. Seres humanos e macacos atuais
evoluíram a partir de um ancestral primata comum.
Mas, atenção:
um, no sentido de um tipo de, e não de apenas um indivíduo ancestral comum. Este
tipo de primata ancestral tinha certas características facilitadoras da
sobrevivência e, por meio de cruzamentos com outros primatas, as espécies foram
se diferenciando ao ponto de hoje ser impossível um mico leão dourado cruzar
com um gorila. Ou de um homem engravidar uma orangotango.
A Biologia
prova que somos da classe dos mamíferos, e da ordem dos primatas. Mamíferos são
animais vertebrados de temperatura constante, ou sangue quente, com glândulas
mamárias, pelos no corpo e respiração pulmonar, sendo que existem
aproximadamente 5.416 espécies, todas elas com essas mesmas características.
Primatas são
mamíferos que possuem um sistema de visão binocular desenvolvido com dois olhos
dispostos lateralmente, um cérebro mais desenvolvido em relação às outras
ordens e grande em comparação ao corpo, face de tamanho pequeno em proporção ao
corpo, capacidade para ficar e/ou se locomover de pé, 5 dedos nos pés e nas
mãos, narinas posicionadas para frente. Esta ordem engloba cerca de 180
espécies bastante diferentes entre si, mas que compartilham estas
características gerais.
Você 'crê' na
Biologia?
Nas vacinas?
Nos remédios
que toma baseados no conhecimento do funcionamento do seu corpo e em como suas
células reagem a determinado componente químico?
Na existência dos
micróbios, na relação entre doença e nutrição, na fertilização in vitro, na
clonagem de animais e nos programas ecológicos de desenvolvimento sustentável?
Pois então,
deixe de ser cabeça-dura!
É desta Ciência
que estamos falando e não daqueles filminhos de ficção científica!
De acordo com a
Biologia, os primatas são os mamíferos que compõe a ordem Primates, onde estão
incluídos os micos, macacos, gorilas, chimpanzés, orangotangos, lêmures, os
babuínos, os seres humanos e outros hominídeos.
Os registros fósseis
comprovam a existência de outros primatas que foram extintos, e a Genética
comprova que temos nada menos que 94% dos nossos genes idênticos aos dos
chimpanzés.
Com os cães a
coincidência é menor, mas não menos expressiva: 90% dos nossos genes são idênticos.
Isso não quer
dizer que descendemos dos cães – veja bem – mas que a universalidade do código
genético comprova que somos todos interligados, seres humanos e animais, de uma
forma irrefutável, tanto que as pesquisas para o desenvolvimento de novos
remédios se baseia em animais cujas células reagem de forma semelhante às do
ser humano, entre eles, como se sabe, os ratinhos e os porcos.
E o que Deus
tem a ver com isso?
Nada.
Ou tudo.
Depende de como
você criou o seu Deus na sua cabeça.
Uma coisa é certa,
a historinha do Gênesis que lhe contaram quando era criança não é verdade.
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